quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Obrigada aos Correios!

Meu descontentamento com relação aos serviços prestados pelos Correios no Brasil não é novidade neste blog.Meu ódio pelos Correios é relativamente recente e em nada lembra o tempo em que era para mim uma alegria receber e enviar cartas. Ainda tenho guardado as cartas trocadas desde a adolescência com amigos! Mas os Correios souberam minar minha admiração e respeito pelos carteiros e pela organização. Em 2012 eles se superaram em me fornecer situações para alimentar este sentimento de desprezo, tantos foram os episódios em que misturavam ganância e incompetência. Vale aqui comentar apenas um dos episódios, o do consulado dos EUA. Os Correios no Brasil têm o monopólio no que diz respeito ao envio de correspondências e por isso impediram que a Embaixada Americana enviasse para os requerentes do visto americano o passaporte utilizando os serviços de uma empresa de encomendas. O passaporte para eles era uma correspondência, logo apenas eles poderiam entregar. E por que será que a Embaixada preferia utilizar os serviços de outros?? Quem tem o costume de enviar cartas no Brasil sabe que utilizar os serviços dos Correios é uma espécie de roleta da sorte, a gente nunca sabe quando a carta chegará ou se chegará. É uma vergonha que uma carta vinda do exterior leve cerca de uma semana para aqui chegar enquanto uma enviada por nós leve até um mês para alcançar seu destino! E os próprios funcionários assumem sem constrangimento a incompetência deles, de forma sutil, mas assumem. Outro dia vi uma funcionária explicar para uma usuária dos serviços a diferença entre uma carta simples e uma carta registrada: "Então é assim, a carta registrada a gente tem certeza que vai chegar lá, já a carta simples....". Como assim?! Quando questionei a alta taxa cobrada pelo envio de um Sedex outra funcionária me disse: "Ué, por que está reclamando, se tivesse que ir pessoalmente levar a carta seria bem mais caro!". Para essa respondi: "Sei...entendi a sua lógica...se eu entro aqui enlouquecida e arranco seus dois braços você está no lucro, afinal eu podia era dar um tiro na sua testa....essa é uma lógica interessante". Bom, esta é só uma postagem desabafo apenas.....

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

E o mundo vai acabar outra vez...

A ideia de "fim do mundo" poderia aparecer junto aos ciclos apontados por Nietzsche no seu "eterno retorno"Vira e mexe tem alguém propondo-adivinhando-sugerindo que o fim do mundo está próximo. Há uma dimensão lúdica na ideia, que muito me agrada, experimentar situações imaginária de maneira a se auto avaliar em diferentes circunstâncias. É divertido! Por outro lado, eu que não acredito que o mundo de fato deixará de existir no próximo dia 21, quase chego a clamar por seu fim quando olho ao meu redor e vejo tantas bizarrices pouco saudáveis! Algumas:
- Minha amiga Chrys levou a sobrinha ao circo e me mandou uma mensagem: "Já viu circo sem palhaços?" Não, amiga, não consigo imaginar um circo sem palhaço. Será que ficou proibido junto com a ideia de exploração dos animais, tipo um palhaço sofreria assédio moral do público?
- A Rede Globo tirou do ar o programa do Didi Mocó!
- O correio no lugar de se dedicar a entregar cartas e fazer bem agora funciona como banco...e é assaltado!
- O jogador Neymar aparece na em uma propaganda (ele faz mais comercial do treina?) dizendo para as pessoas "re-pensarem" a televisão que têm em casa. Mas para re-pensar não  é preciso pensar primeiro?? E ele já conseguiu pensar alguma vez?? 
- Propagandas de perfume masculino vestem meninas de terno. Não são meninas? Então temo pelo futuro dos rapazes, pois o que parece é que o rapaz bonito do futuro será aquele que parece uma menina. Outro dia confundi o Justin Bibier em uma fotografia com a Maria Gadu. 
Talvez este mundo que conhecemos devesse mesmo acabar!
Aí vai a música da Carmem cantada pela Paula!



sábado, 15 de dezembro de 2012

Não-tem-como e será-que-tem-como

Nos últimos tempos esta é a expressão que mais tenho escutado: "Não tem como." São em média cerca de 12 não tem-tem-como por dia. As pessoas simplesmente acham que este não-tem-como serve para me dizer que não há saída, que não existem outros caminhos ou instâncias, que todas as possibilidades esgotaram-se ali, no não-tem-como. Curiosamente, para mim as falas começam assim "Será que tem-como....?". Eu recebo não-tem-como mas sou convidada a oferecer o tem-como. Isso cansa.....

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Poesia aos meus pés



São Ipanemas. Tinha preconceito. Mas estas com as matrioskas não são lindas???? Tem formiga, joaninhas, bicicletas, pássaros...As Havaianas que se cuidem! Ah...repararam que cada pé é de um jeito???

terça-feira, 6 de novembro de 2012

E você, tem coragem para expressar sua própria "língua individual"?

Ontem na Folha de São Paulo saiu este texto. Inquietante..Quem é rato aí levanta a mão?

O filósofo do martelo na academia

Luiz Felipe Pondé 


"Eu lamento agora que naqueles dias eu ainda não tinha coragem (ou imodéstia?) para permitir a mim mesmo, de todas as formas, minha própria língua individual..." Estas palavras são de Friedrich Nietzsche (1844-1900), em tradução livre, do seu "Tentativa de Autocrítica", opúsculo escrito por ele como autocrítica, em 1886, ao seu livro "Nascimento da Tragédia" (primeira edição em 1872). A edição de 1886 ganhou como acréscimo ao título o subtítulo "Helenismo e Pessimismo". Nietzsche foi minha primeira paixão na faculdade de filosofia da USP. Na época, recém-saído da medicina e em formação para ser psicanalista, o que nunca aconteceu, eu colocava em diálogo Nietzsche e Freud. O filósofo do martelo me é inesquecível e continuo pensando com o martelo até hoje. Vocação é destino. Este trecho específico carrega em si muito do que Nietzsche significa para um filósofo profissional como eu, em constante mal-estar com o que a vida universitária se transformou, em épocas de produtividade industrial do ensino superior. A fala de Nietzsche vai de encontro ao modo como somos formados, não sem razão, nas boas faculdades de filosofia: somos formados para não sermos originais. Hoje, entendo que qualquer originalidade possível em filosofia é algo conquistado a duras penas, assim como a santidade ou os movimentos precisos de uma dança --metáfora cara ao filósofo do martelo. Lembro-me de uma das primeiras aulas em que um dos grandes professores que tive nos disse algo assim: "Você não está aqui para achar nada, antes de achar algo estude, e descobrirá que muita gente já pensou o que você pensa, e muito melhor do que você, antes de você." Esta dureza acaba por fazer de nós pessoas menos opinativas e mais rigorosas, e isso é sem dúvida fundamental. Esta é a diferença entre pensar filosoficamente e pensar como senso comum. Vale lembrar que do ponto de vista da filosofia, as ciências humanas em geral são senso comum. Rigor nada tem a ver com o que a academia se tornou com o passar dos anos: um antro de política lobista e de burocracia da produtividade a serviço da morte do pensamento. A universidade está morta e só não sente o cheiro do cadáver quem tem vocação para se alimentar de lixo. Fosse Kafka vivo e escrevesse um conto sobre nós, acadêmicos, nos colocaria com cara de ratos. Imaginem Nietzsche preenchendo o currículo Lattes, uma plataforma informática que supostamente democratiza o acesso à produtividade da comunidade acadêmica, ao mesmo tempo em que normatiza e quantifica esta produtividade. Na prática, o Lattes serve para nos tomar tempo (sempre dá pau) e acumular platitudes e repetições que visam a quantificação de um quase nada de valor. Agora imaginem Nietzsche às voltas com relatórios anuais da Capes, que junto com o Lattes, institucionaliza e quantifica esta mesma produtividade de um quase nada de valor. Não existiria filosofia se nossos patriarcas, de Platão a Nietzsche (para citar dois grandes), tivessem que preencher o Lattes, fazer relatórios Capes ou serem "produtivos". Todos seriam o que, aos poucos, nos transformamos: burocratas mudos da própria irrelevância. Analfabetos do pensamento. Uma das formas de sobreviver a este processo de produtividade de massa é obrigar nossos alunos a pesquisar aquilo que não querem, de uma forma que não querem, a fim de garantir verbas institucionais de pesquisa em grande escala. Esmagamos a criatividade e as intenções dos alunos fazendo deles uma infantaria estatística. A universidade mente: quer formar rebanhos dizendo que defende a liberdade de pensamento. Lutamos dia a dia para conseguirmos sobreviver aos montes de formulários e demandas do mundo dos ratos. A universidade aos poucos sucumbe aos efeitos colaterais de um mundo que, como diria Nietzsche, vomita "ideias modernas". Os processos de democratização do saber, como suspeitava nosso filósofo, são processos de produção de nulidades em grandes quantidades. Mais do que nunca é urgente sermos corajosos e imodestos para acharmos nossa própria língua individual.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Papo de viralata

Luiz Felipe Pondé, em sua coluna na Folha de São Paulo publicada hoje, usa uma expressão deliciosa: papo de vira lata. Se no mundo dos que latem e uivam ser vira lata é uma ternurinha só, entre os os humanos comportar-se como vira lata (e ter papo de vira lata) "dá vômitos". E que papo seria esse de vira lata? Para Pondé papo de vira lata é, por exemplo, declarar que "a Europa é outra coisa" ou "Primeiro mundo é isso ou aquilo". Vira lata é quem confunde luxo com ostentação e mantém em casa espaços sem utilidade, como uma sala de visitas. Tomando o texto do Pondé como ponto de partida, resolvi fazer uma lista do que seria papo de vira lata. É, vamos lá, quem quiser ajudar mande-me colaborações, quem quiser criticar seja no mínimo inteligente!

1. Percebe-se um vira lata quando em uma reunião de planejamento a pessoa (ops, vira lata) recorrentement e inicia suas frases com " Gente, tem que tomar cuidado....", dito em tom bem penoso, meio que adivinhando que a tragédia vai se instaurar porque algum detalhe foi esquecido no planejamento. Repare, normalmente esse vira lata só sabe fazer isso, dizer que tem que ter cuidado!

2. Fala de vira lata "Portugal roubou nosso ouro", dá para superar isso???

3. Possível papo de vira lata: "O processo precisa ser transparente"- não suporta que o outro faça e fica cobrando essas questões que são de fato importantes, mas que no caso deles são apenas formas de emperrar o processo.

4. Vira lata: fala e esfrega os olhos e o rosto....e esfrega e esfrega....falando e esfregando...Será uma espécie de saudades das pulgas???

5. Vira lata burocrata: "Qual o número do memorando?" ou "Pode me enviar um memorando dizendo isso que você acabou de me dizer?"

Espero que o Pondé não se zangue com minha listinha! 

O vira lata da foto é meu ruivo Onofre! 


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Pop up na UFTM: pura cor!





Poesia do cotidiano


Uma arara-azul e um pneu-bebê, quem resiste? A arara vi livre e feliz no estacionamento de uma escola em Frutal, interior do Triângulo Mineiro. Ela voou e me encheu de espanto: inteiramente amarela por baixo, um espetáculo de cor. Pergunta que ficou na bióloga que sou: por que azul por cima e amarela por baixo? Ao contrário não seria mais vantajoso? Já imaginou ser professor de biologia em uma escola assim?? O pneu-bebê encontrei na rua, perdido e solitário. Praticamente me pediu para ir para casa. Alguém sabe me dizer que "carrinho" usa um pneu assim?? Virou base para um vasinho, lindo. Parece que o vaso e o pneuzinho foram feitos um para o outro. E a vida segue, por vezes áridas, por vezes com surpresas como essas: araras e pneus......

domingo, 23 de setembro de 2012

Poema inspirado em cardápio

ALHO E OLHO

Alho e corro?
Alho e choro...
Alho e morro!
Alho e como.
Alho e durmo...
Alho e saio.
Alho e volto.
Alho e falo?
Alho e calo. 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Gatos na Tunísia: casa troglodita e hotel



Plantas e paisagens dos Açores.....

A penúltima foto é na Tunísia, em Tunes...






domingo, 29 de julho de 2012

sábado, 28 de julho de 2012

Açores 2

Açores 1

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Quanto custa uma garrafa de água no deserto do Saara?

Menos que uma garrafa de água na rodoviária de São Paulo. No meio do deserto, entre camelos e homens morenos com olhos verdes vestindo túnicas azuis bem clarinhas, uma garrafa de água custa 1 dinar, 1 real. É duro ver como somos recorrentemente assaltos no Brasil. Mas vamos lá que a internet aqui é paga por minuto, por enquanto algumas imagens e alguns comentários breves que de volta ao Brasil eu espero poder "explorar": 1. O salário mínimo na Tunísia é de 240 dinares. Um professor ganhar 800 dinares, um médico 1500 e um professor universitário 2000 dinares. 2. Esta piscina da foto fica em um hotel a 300 m do deserto, e era quente! 3. Tivemos dor de barriga, o que no meio do deserto pode não ser nada divertido. 4. Os turistas podem ser abomináveis: no meio do ramadam, alguns turistas comiam, fumavam, andavam quase pelados por uma medina e quando as orações eram proferidas da mesquita diziam: credo, o que é isso? Depois tem mais....

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Vídeo Experimental realizado por professores, alunos e técnicos da UFTM

Preparem-se...de onde veio este muitos outros virão!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Quase três anos depois...com vocês, a Tuna Portuguesa! Não dá para tirar os olhos!

Amor envelopado!




Sassá e Totô, a titia AMOR a cartinha de vocês!
Doçuras da titia!
O titio também ficou muitoooooooooo felizzzzzzzzzzzzz!

domingo, 1 de abril de 2012

Cada fita, um desejo...Emocionante!




Igreja do Bonfim, Salvador/Bahia

Há algo para além daquilo que vemos....

sexta-feira, 23 de março de 2012