segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Papo de viralata

Luiz Felipe Pondé, em sua coluna na Folha de São Paulo publicada hoje, usa uma expressão deliciosa: papo de vira lata. Se no mundo dos que latem e uivam ser vira lata é uma ternurinha só, entre os os humanos comportar-se como vira lata (e ter papo de vira lata) "dá vômitos". E que papo seria esse de vira lata? Para Pondé papo de vira lata é, por exemplo, declarar que "a Europa é outra coisa" ou "Primeiro mundo é isso ou aquilo". Vira lata é quem confunde luxo com ostentação e mantém em casa espaços sem utilidade, como uma sala de visitas. Tomando o texto do Pondé como ponto de partida, resolvi fazer uma lista do que seria papo de vira lata. É, vamos lá, quem quiser ajudar mande-me colaborações, quem quiser criticar seja no mínimo inteligente!

1. Percebe-se um vira lata quando em uma reunião de planejamento a pessoa (ops, vira lata) recorrentement e inicia suas frases com " Gente, tem que tomar cuidado....", dito em tom bem penoso, meio que adivinhando que a tragédia vai se instaurar porque algum detalhe foi esquecido no planejamento. Repare, normalmente esse vira lata só sabe fazer isso, dizer que tem que ter cuidado!

2. Fala de vira lata "Portugal roubou nosso ouro", dá para superar isso???

3. Possível papo de vira lata: "O processo precisa ser transparente"- não suporta que o outro faça e fica cobrando essas questões que são de fato importantes, mas que no caso deles são apenas formas de emperrar o processo.

4. Vira lata: fala e esfrega os olhos e o rosto....e esfrega e esfrega....falando e esfregando...Será uma espécie de saudades das pulgas???

5. Vira lata burocrata: "Qual o número do memorando?" ou "Pode me enviar um memorando dizendo isso que você acabou de me dizer?"

Espero que o Pondé não se zangue com minha listinha! 

O vira lata da foto é meu ruivo Onofre! 


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Pop up na UFTM: pura cor!





Poesia do cotidiano


Uma arara-azul e um pneu-bebê, quem resiste? A arara vi livre e feliz no estacionamento de uma escola em Frutal, interior do Triângulo Mineiro. Ela voou e me encheu de espanto: inteiramente amarela por baixo, um espetáculo de cor. Pergunta que ficou na bióloga que sou: por que azul por cima e amarela por baixo? Ao contrário não seria mais vantajoso? Já imaginou ser professor de biologia em uma escola assim?? O pneu-bebê encontrei na rua, perdido e solitário. Praticamente me pediu para ir para casa. Alguém sabe me dizer que "carrinho" usa um pneu assim?? Virou base para um vasinho, lindo. Parece que o vaso e o pneuzinho foram feitos um para o outro. E a vida segue, por vezes áridas, por vezes com surpresas como essas: araras e pneus......