Vamos para 15 dias sem minha avó. É, minha avó que está por toda parte aqui neste blog, declarações de amor e de ódio, minha intensa avó. Em uma das últimas vezes que estive com ela lúcida, cerca de um mês e meio atrás, deixei de fazer um pão de ló com ela por conta do pouco tempo, "ah, fazemos da próxima vez, tá, vó?". Arrependimento, devia ter me virado em cem e ajudado minha avó a fazer o bolo. Mas talvez este seja meu único arrependimento (e não quero descobrir outros, por favor, que isso é perverso). Aproveitei minha avó o quanto pude: briguei, amei, papariquei, ouvi, ouvi, ouvi, ri dela, quis esganá-la, fiz desaforos, pedi desculpas, recebi carinhos, recebi palavras mais que amorosas, falamos do meu avô e da saudade dele. Aproveitei, mas não foi o suficiente. Nunca é, sempre queremos mais. Na realidade a vida passa muito veloz, zás trás! Como faz para impedir que o tempo avance tão rápido? Como faz para "demorar" o tempo, para aproveitarmos mais a vida, o convívio com quem amamos, fazermos o que realmente nos faz feliz?
Imagens: Diana no cio com orelhas geladas e tentativas de aquecê-las. Sobre amor, na universidade...