domingo, 20 de novembro de 2011

Declaração de amor (feitio português)

"AMO-TE mais que mousse de chocolate. AMO-TE mais que caracóis e caracoletas assadas. AMO-TE mais que choco frito. AMO-TE mais que churros e farturas. AMO-TE mais que puré de batata. AMO-TE mais que sardinhas assadas. AMO-TE mais que açorda de marisco (feita pelo Carlos). AMO-TE mais que os pastéis fritos da casa da chinoca na Leopoldino de Oliveira. AMO-TE mais que polvo à lagareiro. AMO-TE mais que perú recheado. AMO-TE mais que bacalhau assado na brasa. AMO-TE mais que castanhas assadas (ou mesmo cozidas!). AMO-TE mais que qualquer prato da lanchonete BH em São Paulo. AMO-TE mais que a Livraria Cultura do Conjunto Nacional. AMO-TE mais que o Museu da Lingua Portuguesa. AMO-TE mais que bolo-rei.

Vê lá tu a loucura de amor que sinto por ti: AMO-TE mais que o Mitsubishi Pajero!"


sábado, 19 de novembro de 2011

Diálogo impertinente I

Resolvemos comprar canivetes para os sobrinhos, os que já têm algum bom senso para não sair espetando por aí. Há de todo tipo e preço, com cabos high tech ou estilo antigamente. Eu ainda em dúvida se era mesmo o presente ideal. Paramos em uma loja de candomblé, que vendia velas, fitinhas e canivetes. O vendedor tinha a aparência daqueles personagens de flime de zumbis, aquele que é procurado pela mocinha e a ensina tudo sobre vodu. Pois ele tirou da vitrine um canivete e apontando uma argola de aço na ferramenta disse:"Aqui, se precisar fazer alguém falar, dá para arrancar um dedo." Disse isso com uma expressão daquelas que não sabemos se fala seriamente ou se brinca. E eu respondi: "Não temos a intenção de arrancar o dedo de ninguém." E ele: "Nunca se sabe". Isso tudo olhos nos olhos, bem próximos, desafiantes. Enquanto meu marido continuava a explorar a navalhinha. E eu; "Acontece que com a gente, tem mais gente querendo nos fazer falar do que queremos saber da vida dos outros. Quem ia perder o dedo....". Ele sorriu com gosto, e não levamos o canivete.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011