Mundo doido, você está autorizado a ser triste e doente, mas não pode usar a alegria como justificativa para viver a vida para além das obrigações. Foi assim, meu filho fez aniversário e aqui em casa temos um ritual festivo que inclui faltar as aulas, almoçar porcaria, ir ao cinema! Mas coincidiu o dia do aniversário com trabalhos e provas valendo nota na escola. Ele falou com a professora e ela disse a ele que só poderia repetir o trabalho se ele levasse um atestado médico. Não tínhamos um atestado médico porque felizmente ele não tinha nenhum problema de saúde! Pode faltar por doença, mas não pode faltar por alegria. Fizemos então um atestado, esse aí da imagem, e mandamos para escola, explicando nosso ponto de vista. A professora dele (que é a melhor professora que já vi na escola para essa faixa etária até hoje!) adorou. Mas a regra foi seguida. Ele acabou fazendo novamente o trabalho, pois outras crianças também faltaram, não sei se tinham ou não atestado de saúde. Mas a questão fica: o que dita o ritmo da vida em nossos dias é o infortúnio? Quando teremos uma rotina em que a alegria também pode ter voz?
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