domingo, 7 de janeiro de 2024

O casarão da poesia


 Janeiro é um mês que desafia minha vontade de viver. Chove muito, e embora estejamos no verão e faça calor, os dias são feiosos, nublados e úmidos. Temos que ficar a espera de estiagens inesperadas para passear com os cães, ficamos todos ansiosos e irritadiços. A limpeza da casa fica mais chatinha, pois os cães molham as patinhas e sujam tudo dentro de casa. Mas tudo passa, é só esperar e apreciar um trovão ecoando longe...Tenho pena mesmo é de quem não consegue acreditar no inacreditável. Há na internet neste momento um numero enorme de "divulgadores científicos" com sobra de capacidade de ironizar e prontos para destruir aquilo que não conseguem compreender. De fato eles misturam "não consigo compreender" com "não há ciência que explique isso". Como está difícil, moçada, até mesmo manter-se informado em meio a tanta soberba. E eles seguem disparando contra constelações familiares, movimentos terraplanistas e a existência de Deus. Erra quem é cristão e entra em um debate tentando apresentar evidências materiais para abalar a "fé na descrença" desses cientistas tão limitados de imaginação, estão dependentes de um milagre de sensibilização pelo Espírito Santo. Não há chance de haver poesia nesses contextos de empobrecimento do pensamento. A poesia exige que a pessoa trabalhe na contramão, que disponha-se a pegar atalhos, a começar frases com "e se...", a tentar perceber porque o outro precisa tanto das certezas para existir. Afinal, a poesia é um pensamento que visita todo o casarão, não apenas os cômodos em que a luz elétrica ilumina e "cega". E ainda faz isso com carinha de marota! Esses cientistas (ou melhor seria dizer pseudocientistas) pernetas das ideias não dão conta disso. Acredita que enquanto eu escrevia esse paragrafozinho besta a chuva parou? Deixa eu levar a cachorrada para pegar um ar! 

PS. Na foto temos o ED, vou falar dele nos próximos dias.

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