Noite de São Pedro, o santo padroeiro dos pescadores. Mas não houve festa na praça, nem quentão, nem pamonha. Em compensação, e foi por isso que fomos à praça nesta noite fria, na Avenida da Praia o grupo Galpão se apresentou. Novamente vi Till, e sua saga como herói torto. O Galpão e sua capacidade mágica de fazer-me renascer. Se pensarmos no número de vezes que somos assassinados diariamente (como no poema do Quintana, "da vez primeira que me assassinaram"), é uma benção haver maneiras de nascer novamente. Hoje o público era bem mais discreto que o da Praça do Papa. Mas como em Belo Horizonte, a lua cheia fazia troça em cenário inesperado com a lua gigante do placo. Duas luas não são beleza demais para um coração? Sentei-me com minha mãe na terceira fileira, e podia ter sentado na primeira, mas tive medo de ser levada ao palco como Dona Pureza. Vai que eu não queria mais ser professora depois dessa experiência! De tão perto foi possível ver o bumbum do ator, trocar olhares com o “diabo” que esteve a encantar todas as mulheres com seus chifrinhos psicodélicos. Vou ficar com a música por dias nos ouvidos..Noite linda, estrelada, fria, vendo aquela belezura...E eu sendo revestida internamente de toda essa poesia, munindo-me dela, guardando punhados generosos no olhar. Eu sou grata ao Galpão, que vive de fazer estas traquinagens para nossos corações sempre ameaçados de sertão. Hoje a vida conspirou ao meu favor, lindo de morrer. Vou jogar na megasena. Renasci.
3 comentários:
Ahhhh que lindoooooooooooooo, eu queria tá ai com vcs duas...poxa vidaaaa,
detalhe importante: podia mesmo ganhar na megasena.
ahhhh que lindooooo, como eu queria estar ai....poxa vida!!!! ah e como vc podia ganhar na mega...
bjo
maravilhoso, vc já disse tudooooo!!!!
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