sábado, 30 de outubro de 2010

Palavra da vez: liberdade


O que um professor poderia desejar de "maior" para seus alunos que serem livres? Sempre penso nisso quando estou a planejar minhas aulas, a escolher conteúdos e criar estratégias. Todas as escolhas relacionam-se a necessidade de ampliar o repertório da moçada para que possam eles mesmos escolher como querem ou não pôr em prática seu ofício de mestre. Ninguém pode escolher algo que nem sabe que existe, certo? Quanto menos coisas uma pessoa conhece (e isso é em qualquer área da vida) mais pobre será sua decisão, certo? Mas este post é para tentar entender por que jovens tendem a escolher modelos rotos de existir em suas vidas, mesmo quando têm a oportunidade de vivenciar ousadias? Por que esta inclinação a mesmice, ao tédio, ao que é previsível? Há um poema da Clarice Lispector que diz que "a liberdade ofende". E ofenderia porquê e a quem? A liberdade ofende a todos que não têm a coragem de serem protagonistas da sua própria história, ofenderia aqueles a quem a coragem não é uma virtude. Sobre coragem já falei aqui algumas centenas de vezes, pois é uma das qualidades que mais prezo. Mas parece que é papel de quem aceita a tarefa de formar um sujeito com potencialidade a felicidade ensinar a coragem. E como se ensina a coragem? Como devemos encorajar nossos alunos para que percorram altivos e destemidos percursos novos para educação? Como desconstruir anos e anos de confortável controle e limitação na sala de aula para algo mais criativo e fluido? No momento, preciso aprender a respeitar as escolhas dos meus alunos, e só. Mas estas questões ficarão a me perturbar com toda certeza. Missão: descobrir estratégias que a longo prazo ensinem a coragem. Alguém sabe como fazer isso? Também é assunto para educação de filhos! Se você é pai, sua atuação é mais centrada no encorajamento ou no medo? 
Cena do filme que amoooooooooooooooo Um sonho de liberdade. 

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