"Quem, entre os jovens, hoje, sabe poemas de cor? Quais poemas? Quem ainda hoje ainda configura as primeiras emoções de seu imaginário através dos textos de nossa tradição?
Sem um certo mundo interior, pode-se passar diante das pirâmides egípcias e não se sentir nada. Pode-se também passar diante de uma pequena cidade perdida por aí e sentir desencadearem-se sutis e imperdíveis emoções."
Sem um certo mundo interior, pode-se passar diante das pirâmides egípcias e não se sentir nada. Pode-se também passar diante de uma pequena cidade perdida por aí e sentir desencadearem-se sutis e imperdíveis emoções."
Affonso Romano de Santana
Quando viajo e vejo nos campos abertos árvores solitárias sempre me lembro de um poema do Manoel de Barros, em que ele diz que "árvores avulsas ampliam horizontes". Há uma relação direta entre o poema e esta imagem, nascida da primeira vez que tive contato com estas palavras. Não há divórcio para este casamento, nem que eu tente, nem que eu queira. Gosto desse "automático" no palquinho do meu cérebro, vejo a árvore, vem o poema, vem o poema, vejo a imagem. Não sou muito boa em memorizar textos, minha inclinação é para versões novas, o que tira um pouco a graça de declamações..Mas guardei da infância e da vida muitos fragmentos poéticos que hoje estampam as paredes dos meus cenários invisíveis. Fico feliz que seja assim. Penso que deva ser muito chato um pensar sem poesias que se armem...Depois de ler este pedacinho do texto do A. Romano, fiquei com uma vontade de ampliar meu repertório poético...Vamos todos?
Um comentário:
sim vamos ampliar, te amo !!!
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