segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quem lembra da professora cafona?



Já falei aqui sobre a imagem que o professor supostamente teria na sociedade. Terrível. Mas parece que novos ares estariam a vir e quem sabe modificar a paisagem das escolas. Ou talvez eu esteja a ser ingênua e seja apenas uma camapnha vazia. Afinal, quem quer receber uma média de 1000 reais para trabalhar cerca de 40 horas semanais? O salário médio do professor varia entre 570 reais e 1200 reais, nas instituições públicas, basta ver os sites dos concursos públicos. Mas minha ingenuidade sonha com esta figura cheia de entusiasmo descrita pela propaganda, embora não seja exatamente estas pessoas interessantes que encontramos na sala dos professores...Eu já vi cenas medonhas na sala dos professores, local que aprendi a evitar quando dava aulas. Vi professor comendo a merenda dos alunos, e não havia o suficiente. Vi professor falando mal de aluno de uma maneira nada ética. Vi professor falando mla dos colegas educadores. Mas isso nos tornaria humanos, não é? Essa é sem dúvida uma discussão das melhores, pensar o perfil ideal do sujeito que pretende ser professor e o papel do professor na sociedade. As duas campanhas patrocinadas pelo MEC giram em tono exatamente dessas questões. O que pensam os leitores do "Pastel"? Volto a falar sobre isso, não há dúvida.

domingo, 27 de setembro de 2009

Metarmofose....

Era uma vez uma mulher entediada, muito entediada, que sonhou acordar um dia transmutada em garrafa PET, no melhor estilo Metamorfose do Kafka!
Acordar uma garrafa de 1,5 l, esbelta e muda...
Uma garrafa com potencial para poluir o planeta Terra por aproximadamente 500 anos!
Mas a alegria de mulher-garrafa dissipou-se quando o espirituoso cunhado da entediada criatura disse que se por acaso um dia ela amanhecesse garrafa PET ele a doaria para a reciclagem!!!
Pobre infeliz! Reciclada, seu destino será o de eco-tecido e sacola não-descartável de supermercado...

Dá para acreditar?



sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Bebê golfinho...


Quem resite?

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sou normal....?

Achei isso nos meus guardados.....

Alguém me explica?

domingo, 20 de setembro de 2009

Se você fosse um invertebrado....

Você não pode escolher pois não sabe bem quem são os invertebrados? Pois, são os bichos que não têm esqueleto, sem ossos. Normalmente as pessoas não os apreciam, têm medo ou nojo. Mesmo eu, bióloga que sou, não tenho muita simpatia por alguns. Por exemplo, as baratas, invertebrados que não su-porto! Mas hoje estive a pensar, que se eu fosse um invertebrado, acho que gostaria de ser uma aranha. Oito patas....Elas elegantes, deslizam com suas perninhas finas...Hábeis, tecem com fio produzido por elas mesmas teias magníficas, rendas...São rendeiras as belezinhas...Os bebês são carregados em uma "bola"(ooteca), que a mamãe-aranha protege com a própria vida! Mas o motivo pelo qual eu ia querer ser uma aranha é outro...É que hoje estive a observar uma aranha, tão linda, e a imaginei tocando acordeon. Teria cena mais linda???
Uma aranha usando suas delicadas patinhas para tocar sanfona...as outras penduradinhas, a balançar.....

E você, que invertebrado seria???

Imagem do filme da aranha Charlote, anterior ao A Menina e o porqinho.

Casa mal assombrada!


Precisamos aqui mudar de casa, enquanto a casa dos sonhos não fica pronta. Ofereceram-nos uma bem próxima a que estamos...Ofereceram-nos uma casa "mal assombrada"! Sim, elas existem! Dizem que a última moradora da tal casa foi-se embora sem sequer levar seus peretences, depois que o fantasmam apareceu-lhe no quintal...E ela nem conhecia o falecido Gilberto! Descreveu-o com detalhes.... É assim, sempre que há imaginação de sobra e conhecimento de menos, essas histórias surgem. Minha mãe, que vale tão pouco quanto eu, cogitou a possibilidade de mudarmos. "Mas não vamos contar pra ninguém!". Ela estava se referindo aos outros que morariam na casa, e aqueles que nos visitam com regularidade. E eu disse: "E se alguém disse estar a ver algo esquisito?". Bom, nesse caso, minha mãe e eu (havia me tornado cúmplice dela!) estaríamos "acabadas! Teríamos que morar lá, na casa do falecido Gilberto. Gastaríamos uma fortuna em energia elétrica, pois íamos deixar a casa acesa durante toda a noite. Se é que isso impede que um fantasma apareça...Mas minha amalucada mãe, não parou por aí...Admito, apoiada e estimulada por sua cúmplice, euzinha. Resolvemos que morando lá, usaríamos umas roupas escuras, cultivaríamos um coportamento esquisito (sim, ainda mais esquisito), só para que a vizinhança nos temesse! Em resumo, morar na casa mal assombrada seria uma experiência inesquecível para mim e minha família. Afinal, quantas vezes a vida nos oferece uma experiência lúdica dessas? Quem aí já morou em uma casa mal assombrada?

sábado, 19 de setembro de 2009

Coragem


Como ela pôde deixá-lo ir-se embora???
Como alguém pode deixar um amor para trás?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Hipocrisia

Nove horas da manhã. O café da manhã foi ao sabor da leitura de emails (ternurentos) e ver na televisão os jornais matutinos. Fico apavorada com a abordagem que as equipes de reportagem dão a certas notícias. Duas me deixaram especialmente triste.
Uma mostrou uma família feita refém por bandidos no Rio, em uma favela, durante a ocupação de um morro pela polícia. Os bandidos entregaram-se. A mãe da família, saiu de casa aos prantos e depois de dizer ao repórter que temeu por sua família, perguntou se seria presa. Vou ser presa? Ela era a vítima! E então os repórteres disseram, vejam como ela ficou confusa com o acontecido. Idiotas. Incapazes de perceber que a pergunta da senhora revela como o mundo está de cabeça para baixo! Mesmo sentindo-se vitimada, ela aventou a possibilidade de ela ser punida. Sim porque o que impera é o absurdo, aquilo que desafia o que poderia nos parecer o coerente.
A outra notícia mostra uma mãe em um vídeo caseiro incentivando sua filha a bater em uma colega na saída da escola. Todos querem mostrar sua indgnação. Pois bem, quando eu tinha uns 3 anos de idade, os filhos da vizinha (com aproximadamente 10 anos) subiam no muro e cobriam a mim e minha irmã de cusparadas, enquanto as duas boabalhonas brincavam na gangorrinha vermelha. Minha mãe pediu que a vizinha impedisse a cena. E ela nada o fez. Então minha doce e civilizada mãe ensinou-nos, meninas, defendam-se. O desfecho foi terrível, pois peguei uma pedra enorme e quebrei a cuca de uma das crianças, que nunca mais cuspiram na gente. O que me espanta na notícia da televisão, é que as pesoas todas dizem que a conversa é o melhor caminho. Quem quiser pode me enxovalhar, mas os tempos estão tão tortos, e há tão pouco espaço para corteses argumentações, que chego a desejar que a bárbarie fosse declarada, ou melhor, assumida! Afinal, todos os impasses são resolvidos por forças físicas ou de naturezas políticas que nada tem a ver com justas arguementações. Pois ando perdendo a vontade de defender-me pela palavra, pois parece-me muito mais eficiente os socos e pontapés. Não digo que a mãe das cenas de selvageria na porta da escola esteja correta, mas fico a imaginar se a escola não poderia ter impedido o acontecido, que provavelmente iniciou-se nas salas de aula...
Imagem da Ana Paula de palhaça, aqui não para fazer graça. Quantas vezes vou usar essa imagem?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sobre o silêncio

Para a análise do discurso, o silêncio é uma forma de dizer algo. O silêncio e o não dito, na verdade, são formas de dizer. Aquilo que eu descarto ao escolher o que eu vou falar, revela quem sou e como penso mais do que as vezes eu digo. Algumas pessoas, não suportam estar em silêncio. Há sempre um rádio ou uma televisão ligada por perto. Nesse caso o silêncio seria uma oportunidade para que a pessoa escute o que tem a dizer a si mesma. E nem sempre queremos nos escutar. O silêncio pressupõe escuta, escutar e entender o que o silêncio nosso e dos outros no reserva. Esse é um exercício que requer coragem. Mas para muitos, os ruídos são mais confortáveis e convenientes....
Foto Castelo dos Mouros Sintra, 2008

Arriscado mais...Morrido de amor...


Eu ainda vou "mais": preparar chocolate quente para a minha avó, brincar com meu sobrinho na barraca apache, correr atrás dos meus cachorros na maior folia, mandar emails para meus amigos dizendo que estou com saudades, andar descalça sobre a grama fria, assar pão para quem eu amo, preparar lanchinhos de viagem para quem se vai, prepar café fresquinho para quem chega, dar-me de presente tardes de cuidados no salão, bater perna com minhas irmãs e minha amiga Chrys, dançar forró, implicar com meu pai até ele me chamar de "cachorrinha", encher meus blogues de palavras ternurentas e desabafos, morrer de rir até a barriga doer com o Didi, ouvir Elvis, chorar com filmes piegas na televisão, cantar música sertaneja como se fosse meu último cântico de vida, ficar de cabeça pra baixo sem ajuda na ioga, andar de bicicleta curtindo a brisa da praia, ir ao zoológico em dias de tempo firme, olhar a chuva caíndo pela janela, ouvir minhas amigas contando tristezas e alegrias, arrumar motivos para celebrar, fazer brindes, beijar apaixonadamente, garimpar pessoas interessantes e que me façam calar, sentir, sentir, ouvir, ouvir, ver, reparar, viajar, viajar, viajar.....

Eu ainda vou "menos": preocupar-me com currículo, aguentar gente chata falando na minha cabeça, conviver por obrigação com pessoas arrogantes, fazer o que esperam que eu faça, fazer o que os outros desejam que eu faça, ouvir músicas que não gosto muito, ler livros que não me dizem nada, ir ao banco, não dizer o que penso por educação, não dizer o que penso por compaixão, fingir que gosto e disfarçar quando eu gosto, calar meus desejos, aborrecer-me com os correios, irritar-me com a Claro, chatear-me com o banco, pensar, pensar, pensar....

domingo, 13 de setembro de 2009

Nossa mãe é uma sereia

Blog novo no pedaço: Nossa mãe é uma sereia! Minhas duas irmãs e eu vamos ter um espaço para recuperar memórias da nossa infância e pricipalmente falar de nossa mãe. Quem viu o filme Minha mãe é uma sereia, deve lembrar que a protagonista interpretada pela Cher era mãe de duas meninas e possuía dotes culinários pouco comuns, tendendo para o inusitado. Ela preparava sanduíches em forma de estrela! Pois bem, nossa mãe é tal e qual! Os motivos pelos quais minha mãe desenvolveu esta performance culinarista deixo para contar outra hora, mas adianto que o que lhe faltava em experiência sobrava-lhe em criatividade. Vejam a imagem. Com este bolo nossa mãe venceu um concurso de bolos feitos pelas mães em nossa escola, na década de 70. As outras mães eram profissionais, sabiam tudo de cozinha! E nossa jovem mãe era amadora...não tinha intimidade com pão de ló, não era craque em bater claras em neve, não distinguia rúcula de escarola! Mas ninguém contou com a possiblidade criativa daquela criaturazinha de olhos grandes! Enquanto as outras mães empenharam-se em construir bolos de três andares, caprichando nos cremes coloridos, nossa mãe fez uma massa simples e recortou o bolo, fazendo este palhacinho lindo, com pirulitos como balão! Resultado, venceu o concurso! Então é isso, nesse blog contaremos essas histórias e vamos fazer as receitas da mamãe, com direito a fotos! Que saudades....Reparem na minha mãozinha no canto da foto!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Dias de trabalho...

Faculdade de Educação, campus UFMG, nada de chuva aqui....

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O herói torto



Para quem não acreditou na cena do anão...

Quem resiste a gargalhada?

Neste fim de semana estarão em São José dos Campos, imperdível!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Quero muito mais!



Quero muito muito mais!

Verão em dobro....

Dias lindos por aqui...E eu com aquela ânsia de viver um verão em dobro, por conta dos dois invernos seguidos e emendados...E nem é verão ainda!
Mas isso não impede que dentro de mim todos os canais de vida fiquem abertos, vida em abundância se anuncia...
Há uma sensação de azul que me enche de vontade e esperança....

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A pior representação é imitar-se a si mesmo: tudo tão chato

Alguém aí já ficou cheio de si mesmo? Pois eu estou assim, nem eu mesma me aguento. Explico. Depois de muitos anos na estrada, descobri que eu não tenho feito nada de novo! Estou a imitar a mim mesma. Minhas idéias estão como um deserto, áridas. Conheço muito bambambam por aí que passa a vida inteira "replicando" o que outros fizeram ou o que um dia o próprio o fez, dia em que milagrosamente a criatura teve uma idéia bacana. Saber de antemão que uma determinada idéia traz sucesso faz com que as pessoas passem a utilizar recorrentemente o caminho dessa idéia. Caminho previsível e sem riscos. Mas comigo isso não funciona, pois idéias são a substância que me mantém pulsante. Por isso reconhecer que ando em tempo de "vacas magras" nas idéias é admitir que estou a sofrer de uma espécie de anorexia do pensar. Isso explica o desânimo geral. Acho que os últimos anos tiveram impacto de monocultura na pessoa que sou, esgotei-me como o solo tem esgotado os nutrientes depois de anos sucessivos de cultivo de uma planta só. Cultivei em mim as idéias dos outros, famosos e nã0-famosos, pessoas que eu devia ouvir e outras que eu devia calar, empanturrei-me de pensar alheio e não sobrou espaço em mim para mim mesma! Bom, essa é uma hipótese...Mas não sei dizer ao certo o que há. Só sei que sofro por ver meus dias irem-se sem idéias solavancarem meu ser...Por isso essa necessidade de desacontecer, esvaziar-me um pouco e sair por aí provando novos sabores, bebendo de novas fontes, experimentando novas máscaras de brincar...E quem sabe, um novo canto para sonhar, uma nova paixão para me fazer arder, um novo amor para me desassossegar, ou um gato novo (gato bicho mesmo) para me ensinar o caminho das desimportâncias...
Ai que texto chato!

Imagem da Ana Paula com a máscara que ela comprou em Veneza. Reparem na boquinha.