De volta, o que encotro? No lugar mais bonito da praia, onde o mar é bonzinho e as árvores fazem sombra na areia, uma criatura da cidade de Campinas deixou seu rastro sujo em uma pedra. Quando vi meu coração doeu. Como alguém pode deixar uma marca dessas em um lugar como esse? Pensei em eu mesma limpar. Minha mãe que é pintora poderia saber de algum produto pra tirar aquela vergonha. Mas é assim, o turista passa férias ou feriado aqui e se comporta de maneira desrespeitável com tudo que não seja ele mesmo. Como educadora, eu não sei como resolver isso. Aliás, não sei nem mesmo do que se trata. Falta de educação? Falta de consicência patrimonial? Falta de caráter (pois se a praia tivesse câmeras aposto que isso não aconteceria)? É o impulso natural do ser humano...destruir, destruir, destruir? Nesse caso a criatura (que vergonha ela deveria sentir) não entede seu ato como destruição, deve achar bonito deixar sua marca ali. Já vi isso muitas vezes, pessoas que deixam marcas ou que levam souvenirs. Por que seres humanos têm essa necessidade de deixar/levar registros de sua passagem? Eu que já acreditei totalmente na bondade inerente do bicho homem, começo a pensar que é preciso corrigir severamente através das leis e das multas, é preciso moldar o compartamento dos outros impondo regras. Antes que seja tarde demais...Além da pintura rupestre (??????) na praia, outras coisas medonhas aconteceram por aqui. Já comentei sobre a goiabeira assasinada porque meu vizinho não quis dividir com a molecada as goiabas que ele mesmo não comia. E da vizinha da frente que desabrigou os periquitos. Agora a vizinha de trás cortou o pé de mamão, que ela não comia (e meu pai com aquele jeitinho conhecido pediu, para que não estragasse no pé). Não queria dar os mamões para o meu pai? Parece que a briga dele é com os passarinhos. O que incomoda mesmo é a mulher dele, crente fanática e que canta mal pra cachorro querendo converter todo o litoral (para quem me achou má, vou gravar e colcoar aqui pra vocês ouvirem o martírio! aguardem...). Mas essa forma de pensar o entorno parece ser um movimento mundial. Vi na televisão uma cidade que cortou uma árvore para desabrigar as andorinhas que migram e moram temporariamente na praça. Já imaginaram, as pobrezinhas atravessam o planeta e quando chegam exaustas...cadê a árvore que haviam eleito como morada? E enquanto escrevo escuto uma máquina de poda.... Antonieta, cometa aqui vai.
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