segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Procura-se
Era uma vez quatro potes...
domingo, 14 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Sugestão nada imparcial de presente de Natal
E era mesmo o fim do mundo
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Era uma vez um melão
domingo, 31 de outubro de 2010
O tempo e a colcha de chita que ficou pequena para a cama
sábado, 30 de outubro de 2010
Palavra da vez: liberdade
O que um professor poderia desejar de "maior" para seus alunos que serem livres? Sempre penso nisso quando estou a planejar minhas aulas, a escolher conteúdos e criar estratégias. Todas as escolhas relacionam-se a necessidade de ampliar o repertório da moçada para que possam eles mesmos escolher como querem ou não pôr em prática seu ofício de mestre. Ninguém pode escolher algo que nem sabe que existe, certo? Quanto menos coisas uma pessoa conhece (e isso é em qualquer área da vida) mais pobre será sua decisão, certo? Mas este post é para tentar entender por que jovens tendem a escolher modelos rotos de existir em suas vidas, mesmo quando têm a oportunidade de vivenciar ousadias? Por que esta inclinação a mesmice, ao tédio, ao que é previsível? Há um poema da Clarice Lispector que diz que "a liberdade ofende". E ofenderia porquê e a quem? A liberdade ofende a todos que não têm a coragem de serem protagonistas da sua própria história, ofenderia aqueles a quem a coragem não é uma virtude. Sobre coragem já falei aqui algumas centenas de vezes, pois é uma das qualidades que mais prezo. Mas parece que é papel de quem aceita a tarefa de formar um sujeito com potencialidade a felicidade ensinar a coragem. E como se ensina a coragem? Como devemos encorajar nossos alunos para que percorram altivos e destemidos percursos novos para educação? Como desconstruir anos e anos de confortável controle e limitação na sala de aula para algo mais criativo e fluido? No momento, preciso aprender a respeitar as escolhas dos meus alunos, e só. Mas estas questões ficarão a me perturbar com toda certeza. Missão: descobrir estratégias que a longo prazo ensinem a coragem. Alguém sabe como fazer isso? Também é assunto para educação de filhos! Se você é pai, sua atuação é mais centrada no encorajamento ou no medo?
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Um rosário de piscadas...
O Pastel me faz melhor....Logo soluciono a equação! Aguardem-me!
sábado, 14 de agosto de 2010
Faça o teste (em quantos dos quesitos sugeridos você se encaixa?) e descubra se você é PROVINCIANO
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Por favor, dois bilhetes inteiros e um de estudante "Para baixo".
A vida pode ser simples, não pode? Por favor, dois bilhetes inteiros e um de estudante "Para baixo".
Foto "colhida" na Estação de trem desativada no lugarejo de Peirópolis.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Trabalhando com vozes. Estas são falas que expressam a voz de uma mãe. Quem aí consegue imaginar as falas com as vozes dos professores?
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Para isto vale nascer
Rodando
Adélia Prado
Depois de muita e boa chuva, Célia voltava de Belo Horizonte para sua casa no interior do Estado. Era bom viajar de ônibus, vendo, parecia-lhe que pela primeira vez, o verde rebrotando com força. Ouviu um passageiro falando pra ninguém: que cheiro de mato! Sol farto e os moradores desses conjuntos habitacionais de caixa de papelão e zinco, que brotam como grama à margem das rodovias, aproveitavam pra esquentar o couro rodeados de criança e cachorro. Os deserdados desfilavam, a moça e seu namorado com bota de imitação de peão boiadeiro iam de mãos dadas, com certeza à casa de uma tia da moça, comunicar que pretendiam se casar. Uma avó gorda com seu neto também passou, ela de sombrinha, ele de calcinha comprida de tergal. Iam aonde? Célia fantasiou, ah, com certeza na casa de uma comadre da avó, uma amiga dela de juventude. O menino ia sentir demais a morte daquela avó que lhe pegava na mão de um jeito que nem sua mãe fazia. Desceram três moços de bermuda e camisa do Clube Atlético Mineiro, e um quarto com grande inscrição na camiseta: SÓ CRISTO SALVA! Camiseta e bermuda não favorecem a ninguém, ela pensou desgostosa com a feiúra das roupas. Bermudas principalmente, teria que se ter menos de dez anos pra se usar aquela invenção horrorosa. Teve dó dos moços que só conheciam futebol e dupla sertaneja. Foi um pensamento soberbo, se arrependeu na hora. Tinha preconceitos, lembrou-se de que gostara muito de um jogo de futebol em Londrina, rodeada de palavrões e chup-chup com água de torneira e famílias inteiras se esturricando gozosamente entre pão com molho e adjetivos brutais, prodigiosamente colocados, lindos e surpreendentes como as melhores invenções da poesia. Concluiu sonolenta, o mundo está certo. Uma criança começou a chorar muito alto: quero ficar aqui não, quero sentar com meu pai, quero o meu pai. A mãe parecia muito agoniada e pelo tom do choro Célia achou que ela abafava a boca da criança com uma fralda ou a apertava raivosa contra o peito, envergonhada de ter filha chorona. Suposições. Tudo estava muito bom naquele dia, não sofria com nada, nem ao menos quis ajudar a mãe, botar a menina no colo, estas coisas em que era presta e mestra. Assistia ao mundo, rodava macio tudo, o ônibus, a vida, nem protagonista nem autora, era figurante, nem ao menos fazia o ponto naquele teatro perfeito, era só platéia. Aplaudia, gostando sinceramente de tudo. Contra céu azul e cheiro de mato verde Deus regia o planeta. Estava muito surpresa com a perfeita mecânica do mundo e muitíssimo agradecida por estar vivendo. Foi quando teve o pensamento de que tudo que nasce deve mesmo nascer sem empecilho, mesmo que os nascituros formem hordas e hordas de miseráveis e os governos não saibam mais o que fazer com os sem-teto, os sem-terra, os sem-dentes e as igrejas todas reunidas em concílio esgotem suas teologias sobre caridade discernida e não tenhamos mais tempo de atender à porta a multidão de pedintes. Ainda assim, a vida é maior, o direito de nascer e morar num caixote à beira da estrada. Porque um dia, e pode ser um único dia em sua vida, um deserdado daqueles sai de seu buraco à noite e se maravilha. Chama seu compadre de infortúnio: vem cá, homem, repara se já viu o céu mais estrelado e mais bonito que este! Para isto vale nascer.
Esta maravilha de texto é o primeiro publicado pelo Releituras em 2002. Feliz Ano Novo para todos. (Extraído do livro "Filandras", Editora Record - Rio de Janeiro, 2001, pág. 119.)
quarta-feira, 28 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Conversas espantosas
Conversa com minha amiga Rozane pela internet, enquanto pesquisava coisinhas para minha casa nova:
Eu: Puxa, como são caros os tapetes!
Rozane: Os normais ou os voadores?
Eu: Voadores?! Eu nem pensei em comprar um! Onde vende?
Rozane: Nas grandes lojas de departamento, na seção de objetos mágicos, perto das vassouras voadoras...
Eu: Mas se os normais são caros assim, imagine os voadores!
sábado, 17 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
Nada pode ser mais bonito que uma pessoa sendo ela mesma!
O goleiro espanhol sendo entrevistado por sua esposa, jornalista de uma emissora de televisão, logo após a conquista da copa. Que falar do jogo o que! Dá cá um beijo!
Que um dia todos possamos ser nós mesmos sempre e em qualquer circunstância!
sábado, 10 de julho de 2010
E se você fosse montar um museu sobre você mesmo? Que objetos encontraríamos na exposição?
quinta-feira, 8 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Tem um recadinho pra você no banheiro
domingo, 4 de julho de 2010
Tô cansada de ser boazinha.....
sábado, 3 de julho de 2010
Aqui só entra quem sabe dançar forró
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Um romance, um tapete....
terça-feira, 29 de junho de 2010
E o que faz você renascer?
Noite de São Pedro, o santo padroeiro dos pescadores. Mas não houve festa na praça, nem quentão, nem pamonha. Em compensação, e foi por isso que fomos à praça nesta noite fria, na Avenida da Praia o grupo Galpão se apresentou. Novamente vi Till, e sua saga como herói torto. O Galpão e sua capacidade mágica de fazer-me renascer. Se pensarmos no número de vezes que somos assassinados diariamente (como no poema do Quintana, "da vez primeira que me assassinaram"), é uma benção haver maneiras de nascer novamente. Hoje o público era bem mais discreto que o da Praça do Papa. Mas como em Belo Horizonte, a lua cheia fazia troça em cenário inesperado com a lua gigante do placo. Duas luas não são beleza demais para um coração? Sentei-me com minha mãe na terceira fileira, e podia ter sentado na primeira, mas tive medo de ser levada ao palco como Dona Pureza. Vai que eu não queria mais ser professora depois dessa experiência! De tão perto foi possível ver o bumbum do ator, trocar olhares com o “diabo” que esteve a encantar todas as mulheres com seus chifrinhos psicodélicos. Vou ficar com a música por dias nos ouvidos..Noite linda, estrelada, fria, vendo aquela belezura...E eu sendo revestida internamente de toda essa poesia, munindo-me dela, guardando punhados generosos no olhar. Eu sou grata ao Galpão, que vive de fazer estas traquinagens para nossos corações sempre ameaçados de sertão. Hoje a vida conspirou ao meu favor, lindo de morrer. Vou jogar na megasena. Renasci.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
Rede Globo de Televisão, EUA, Schumacher e Eike Batista
É preciso ser incansável para sobreviver e manter o bom humor com a recorrente militância brasuca contra certos ícones de sucesso. A bem sucedida Rede Globo, por exemplo, sempre aparece nas listas de vilãs nacionais. Normalmente quem combate a emissora combate também os EUA, o piloto Schumacher e o industrial Eike Batista, imagens de poder e vigor. Não vou aqui discutir essa estratégia de esquilo na chuva, maniqueísta e simplista, sempre agregando-se aos mais fracos e opondo-se aos fortes. Parto aqui em defesa da Rede Globo e da televisão de qualidade que ela sabe fazer. Quando falo de televisão de qualidade refiro-me ao conceito apresentado pelo British Film Institute,em 1980.Quem quiser saber mais basta ler minha tese . Sou uma telespectadora eclética e determinada, vejo absolutamente tudo que aparece na televisão, pelo menos uma vez, independente de um suposto caráter erudito ou popular. Aliás, os mais próximos acham meu gosto duvidoso, pois aprecio programas de auditório e humorísticos pouco sofisticados. Argumentos tenho muitos, outra hora falo deles. A Rede Globo, além da competência técnica, tem ousado em formatos, abordagens de conteúdos, jornalismo público. Mesmo para aqueles que precisam se contentar com a Globo aberta, é possível ter acesso a programas que apostam em sujeitos pensantes na recepção. O Globo Rural, exibido aos domingos pela manhã, tem reportagens lindas, sensíveis, que nos permitem conexões múltiplas com outros conhecimentos. Nem mesmo a TV Cultura, que teria por princípio exercer o jornalismo público tem conseguido abordar temas na contramão dos interesses de mercado, como a Globo tem feito com eficiência em sua programação. A ousadia ponderada dos produtores e protagonistas globais é a estratégia encontrada por eles para incluir inovações e contribuições de valor social na programação da emissora sem que isso constitua uma quebra de contrato com os patrocinadores.A primeira vez que vi um jornalista perguntar a um cientista de um possível equívoco acerca do aquecimento global foi o jornalista Eduardo Grilo na Globo News! E agora, neste momento tédio de copa do mundo, é possível ver o jornalista esportivo Régis Rösing (o vídeo é um trecho dele) em reportagens que recuperam a história do Brasil pelo viés dos mundiais de uma maneira singular! Quem aí sabia que o primeiro paraquedista brasileiro aprendeu a arte com os nazistas, quando foi "infiltrado" como educador físico da nossa seleção no mundial, objetivando apenas saber como os alemães treinavam seu exercito? Graças ao Régis vou virar perita em Copa do Mundo!Não podemos combater a Rede Globo como se ali só encontrássemos mediocridade e reforço social da miséria da população! O olhar deve ser mais abrangente que isso, por favor.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
A cegonha de crise trouxe....
www.perguntosimemuito.blogspot.com
www.estoriaemblog.blogspot.com (colaboradora de Rozane Suzart)
Afinal, tudo na minha vida vira um blog, um artigo ou um livro!
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Espera, Ana Paula, espera.....
nunca nada está morto.
O que não parece vivo, aduba.
O que parece estático, espera.
Adélia "semprelinda" Prado (as palavras que me consolam...)
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Minha irmã na viagem dos sonhos dela...
Ai, ai.....
Uberaba e UFTM
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Querido saca-rolhas....
"Querido saca-rolhas, você dança muito bem. Gira tão leve e delicado que parece a bailarina do Lago dos Cisnes. Já o senhor, palito de fósforos, tem a cabeça muito quente, por isso toma decisões tão explosivas. Agora vocês, família de sapatos, parabéns por chutarem tão bem os problemas pequenos”.
Durante quatro dias, a Serraria Souza Pinto recebe objetos nacionais e importados. Made in Brasil, França, Espanha, Alemanha, Argentina e Holanda. 14 companhias teatrais de 6 países. Cenografia temática e interativa. Shows musicais. FotoFito: espaço lúdico onde você tira o objeto para dançar e leva a foto de lembrança. FitoMostra: mostras interativas para você saber mais sobre o teatro de objetos. FitoFeira: exposição de objetos curiosos.
Cacarecos em São Paulo. Quinquilharias no Recife. Bugigangas no Rio de Janeiro. Badulaques em Belo Horizonte. Doutor Badulaque no Fito Belo Horizonte. Nosso mestre de cerimônia, regido pelo talentoso ator gaúcho Mario de Balentti, é uma atração à parte, durante cada segundo de todas as horas dos quatro dias.
Festival Internacional de Teatro de Objetos. Fito. Palavra do latim que também significa planta. Então, essa é a semente em BH. Uma fitoterapia para plantar novos conceitos, novos formatos. Muita cultura e diversão. Aproveite.
Veja a programação completa no site: www.fitofestival.com.br
Educar para o não-comsumismo-receita da poeta Hilda Hilst
domingo, 2 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
Você sabe algum poema "de cor?"
Sem um certo mundo interior, pode-se passar diante das pirâmides egípcias e não se sentir nada. Pode-se também passar diante de uma pequena cidade perdida por aí e sentir desencadearem-se sutis e imperdíveis emoções."
Porque,quando tudo parece me faltar,a Liberdade me dá colo.
Por causa dela me criei transparente,corri risco, briguei com grandes e defendi inocentes.Agitei bastante, por ela,as porções de ingredientes do conhecimento antes de usar.Por ela, e em sua confiança, me lancei na estrada nebulosae definida do sonho;estrada que só a esperança constróicom inquebráveis invisíveis estruturas.E fui de costas, de quatro, de peito e de frente para o tal sonho.
Desde pequena gostava de admirar o crepúsculo.— Mesmo antes de haver em meu repertórioa palavra crepúsculo —Gostava de reparar na boniteza das pessoase de descobrir muita variedade de beleza nelas;nas vitrines, nas casas, nas flores, nas roupas, nas tardes,e usava dela para exclamar, em alto e bom som,meu contentamento com o mundo,meu descontentamento com o mesmo mundo,meu espanto com suas novidades diáriase seus bordéis de cores em tudo.Por irmandade com ela topei viagens,fiz trocadilhos na alta filosofia do bom humore ainda preservei a doce inquietudecom suspensesde boas vésperas no peitinho sonhador.Por causa dela fui suspensa do colégio,apanhei urna vez de meu pai,namorei escondido,levei profundos beliscões de minha avó,brinquei de carrinho de rolimã, de boneca,soltei pipa e desobedeci.Por acreditar nela me casei amando,tive filho querendo, me separei, mudei de estado,de profissão, viajei,me vesti como se fosse carnaval para uso diário, me expus,falei coisa simples que todo mundo vive mas finge que não.Pulei muros, regras, fiz bainhas cada vez mais pra cima nasminhas saias.Por causa dela lapidei dores,engoli uns sapos, cuspi rãs, recusei sorrindo e de bom gradopropinas, mordomias e cargos, piscinas e conchavos.Por ela fiz amigos livres e originais,iguais a todo mundo eao mesmo tempo não parecidos com ninguém.Agarrada firme à sua mãocriei neologismos, inventei atitude, expressão e moda.Por ir fundo nelapintei o sete, fiquei de castigo por fazer artee saí do castigo pela mesma arte.Em seu nome tratei crianças como senhores, escritores,repentistas, sábios e mentores, criei filho com alegria,respeito, com sim e não mas sem opressão.Cantei alto nas ruas urbanas sobre as bicicletas,assobiei alto dentro dos coletivos, testando a afinação do bico.Por causa dela me espelhei nos passarinhos,me repararam muitoe fui chamada de maluca molecairresponsável irrotulável puta pagã e poeta.Por causa dela passei noites procurando o amor,errando e acertando versos de amor,e por causa dela o amor me encontrou.Com ela desfrutei de bonanças,compreendi e aceitei temporais.Com ela dei música à minha voz,fôlego aos meus princípios,inícios aos meus finais.Mas foi exatamente ela quem me ensinou a seguir,enrolada como meus cabelos,resoluta como o vento,límpida como a estrada que eu via e vejo,clara como as palavras que digo e escrevo,frágil e forte como meus desejos.Pois, de joelhos estou por ela,voando estou com ela,grata que sou a ela.
Porque,quando tudo parece me faltar,a Liberdade me dá colo.
domingo, 25 de abril de 2010
Meus amiguinhos os Backyardigans!!
Temos o MUNDO inteiro no nosso quintal! Hoje meu sobrinho Saviola vai ao show com os pais. Queria MUITO estar junto. Eu não sei exatamente porque ele GOSTA tanto destes bonecões...Mas já sei todas as músicas: Marte! aí vamos nós...
sábado, 24 de abril de 2010
Manequim da saudade
Meu amor é absurdamente agarrado a esse tronco, meu abacate!
Toda palavra caráter,
repito,
mora aí.
Dormir no embate maravilhoso de nossas pernas
é coisa de areias desertos tesouros achados.
(...)
sinto por você uma canção sem nome,
(...)
Um desejo de um barro especial do qual você é feito
e que se espalha na nobreza do seu corpo.
Não na pompa mas na pampa da longa camisa de sua pele,
esse gaudério espaço onde me econtro
e onde meus poros berram mansos "é aqui, é aqui!"
Daí nunca mais sair.
Só se por motivo de aumentar o manequim da saudade,
só se por vontade de durar o eterno,
só se pelo terno acontecer do nosso amor melhorado.
(...)
Me dar a ti é morar
numa árvore rara,
feito uma casa clara
com amplas e infinitas janelas.
(A fúria da beleza, Elisa Lucinda)