Nossa Truculência
Quando penso na alegria voraz com que comemos galinha ao molho pardo, dou-me conta de nossa truculência.Eu, que seria incapaz de matar uma galinha, tanto gosto delas vivas mexendo o pescoço feio e procurando minhocas. Deveríamos não comê-las e ao seu sangue?Nunca.Nós somos canibais, é preciso não esquecer.E respeitar a violência que temos. E, quem sabe, não comêssemos a galinha ao molho pardo, comeríamos gente com seu sangue. Minha falta de coragem de matar uma galinha e no entanto comê-la morta me confunde, espanta-me, mas aceito. A nossa vida é truculenta: nasce-se com sanguee com sangue corta-se a uniãoque é o cordão umbilical. E quantos morrem com sangue. É preciso acreditar no sangue como parte de nossa vida. A truculência.É amor também.
Quando penso na alegria voraz com que comemos galinha ao molho pardo, dou-me conta de nossa truculência.Eu, que seria incapaz de matar uma galinha, tanto gosto delas vivas mexendo o pescoço feio e procurando minhocas. Deveríamos não comê-las e ao seu sangue?Nunca.Nós somos canibais, é preciso não esquecer.E respeitar a violência que temos. E, quem sabe, não comêssemos a galinha ao molho pardo, comeríamos gente com seu sangue. Minha falta de coragem de matar uma galinha e no entanto comê-la morta me confunde, espanta-me, mas aceito. A nossa vida é truculenta: nasce-se com sanguee com sangue corta-se a uniãoque é o cordão umbilical. E quantos morrem com sangue. É preciso acreditar no sangue como parte de nossa vida. A truculência.É amor também.
3 comentários:
IXE GRANDE FILOSOFIA...................
deve ser ruim mesmo escolher quem vai morrer pra ser comidooo, morbido
credo aua ...
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